Carros que Gastarem menos Combustível Terão IPI Menor

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Expectativa é que consumidor tenha economia de R$ 1150 por ano a partir de 2017.

BRASÍLIA — O novo regime automotivo divulgado nesta quinta-feira vai permitir que o consumidor tenha uma economia de R$ 1150 por ano, a partir de 2017, com a redução do consumo de combustíveis pelos automóveis estabelecida e a queda adicional de ate 2 pontos percentuais do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para empresas que superarem as metas de eficiência energética.

egundo explicou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o foco é chegar a 2017 com um consumo de 17,2 quilômetros por litro de gasolina e de 11,96 quilômetros por litro de etanol.
A partir de 2017, carros que consumam 15,46% menos terão abatimento de um ponto percentual do IPI. Uma redução de 18,84% dará direito a 2 pontos percentuais.
O governo acredita que, com a divulgação das regras do novo regime automotivo, o país vai receber investimentos da ordem de R$ 5 bilhões das indústrias automobilísticas nacionais e estrangeiras. O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, citou como exemplos de novos investimentos os que deverão ser realizados pela Jac, pela BMW e pela Cherry. Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que, sem o regime, as empresas do setor já planejavam investir U$ 22 bilhões.
Mantega afirmou que o objetivo do novo regime é gerar empregos na economia brasileira.
— Queremos também o benefício do consumidor, com produto cada vez melhor, eficiente, moderno, com menos emissões de carbono e a preços cada vez menores. Estamos criando condições para, seja o trabalhador brasileiro, seja o consumidor, possam ser beneficiados neste regime — disse.
Ele ressaltou que o Brasil possui o quarto maior mercado automobilístico do mundo, atrás apenas da China, dos Estados Unidos e do Japão. Nos próximos três anos, a previsão é que o país invista US$ 22 bilhões na indústria automobilística.
— Queremos manter as coisas desta maneira. Temos de aumentar a produção de modo que este mercado seja ocupado pela produção que ocorre no Brasil. A indústria automobilística é importante porque representa uma fatia importante do PIB industrial brasileiro.
Ele destacou que, mesmo durante a crise econômica, enquanto a indústria de outros países se deteriorava, a brasileira progrediu.
— Queremos que a indústria continue assim, com esse crescimento, contribuindo para o crescimento do PIB ( Produto Interno Bruto) brasileiro — disse.
O ministro da Fazenda afirmou que, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), não há qualquer “painel” contra o Brasil. E que, com relação ao regime automotivo, também não deverá ter.
— O Brasil é um dos países que menos pratica protecionismo. Hoje, o protecionismo eficiente é o que vem escondido, oculto, por forma de manipulação cambial, subsídios ocultos que não são detectados pela OMC. A OMC sabe isso porque temos levado a discussão. Os países que praticam isso sabem isso e, portanto, o Brasil não pode ser acusado. Apenas praticamos algumas defesas para impedir que o protecionismo e medidas agressivas que os países tomam sejam neutralizados aqui — disse o ministro.
Pimentel informou que demora na publicação do decreto do regime automotivo, que estava previsto para ser divulgado há um mês, deve-se a pedidos da presidente Dilma Rousseff para que fossem inseridas exigências de segurança veicular.

Aumento da competitividade

Marco Antonio Raupp, ministro da Ciência e Tecnologia, considerou que o regime é fundamental para o aumento da competitividade e para a modernização da indústria.
— Todos falamos em inovação. É fundamental para a competitividade, para a modernização da indústria. Essa é uma grande oportunidade que se abre para uma cooperação de todo o sistema de ciência e tecnologia com estruturas industriais na área automobilística — afirmou.
O ministro ressaltou que tem conversado com empresários que se interessam no desenvolvimento dessa indústria.
— A função do sistema vai ser essa de juntar esforços do governo e da comunidade industrial para modernizar a indústria no sentido de ganho de competitividade — disse.

Fonte: O globo

 

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