Cerveja, gasolina, vinho e chocolate: veja o que fica com imposto mais caro

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O governo federal e os estaduais estão precisando arrecadar mais dinheiro e, por isso, resolveram aumentar impostos.

São impostos como o estadual ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e o federal IPI (Imposto sobre Produto Industrializado), que ficam “embutidos” nos preços dos produtos e serviços.

É muito provável que essa alta de impostos seja repassada ao consumidor pelos fabricantes e pelas lojas, levando a um aumento dos preços. Desse modo, a cerveja, o vinho, o chocolate e a gasolina tendem a ficar mais caros.

UOL selecionou alguns desses produtos. Confira.

1- Cerveja

 O ICMS da cerveja subiu em alguns Estados:

  • São Paulo (SP): subiu de 18% para 22%;
  • Minas Gerais (MG): de 20% para entre 25% e 32%;
  • Distrito Federal (DF): de 27% para 31%;
  • Mato Grosso do Sul (MS): de 25% para 28%;
  • Piauí (PI): de 17% para 19%;
  • Tocantins (TO): de 25% para 27%;
  • Alagoas (AL): de 19% para 27%;
  • Rio Grande do Sul (RS): de 25% para 27%.

2- Vinho, cachaça e uísque

O governo federal mudou a forma de calcular o IPI sobre as chamadas “bebidas quentes”, como vinho, cachaça, uísque e outros destilados.

Antes, era cobrado um valor fixo de acordo com o tipo de bebida e o tamanho da embalagem, com limite máximo de R$ 17,39. Por exemplo, uma garrafa de vinho fino de 750 ml com preço de R$ 20 pagava R$ 0,73 de IPI.

Agora, será cobrado um percentual sobre o preço: de 10% para vinhos, 15% para vermute, 20% para champanhe, 25% para cachaça e 30% para uísque e vodca.

3- Chocolates e sorvetes

Chocolates e sorvetes podem ficar mais caros a partir de 1º de maio com a mudança das regras para o IPI. Esses produtos tinham o imposto calculado em relação ao peso ou volume (R$ 0,09 por quilo para o chocolate branco, R$ 0,12 por quilo para demais chocolates e R$ 0,10 por embalagem de 2 litros de sorvete).

Agora, o imposto será de 5% sobre o preço de venda.

Por exemplo, um pote de 2 litros de sorvete que custa R$ 20: antes, custaria R$ 20,10 com o IPI; agora, custa R$ 21.

Uma barra de 100 gramas de chocolate ao leite de preço R$ 5: antes, custaria R$ 5,012 com o imposto; agora, R$ 5,25.

4- Papel higiênico de folha dupla ou tripla

No Rio de Janeiro, só papel higiênico de folha simples continua isento de ICMS. O Estado passou a cobrar imposto de 19% sobre papel higiênico de folha dupla ou tripla.

5- TV por assinatura

O ICMS da TV por assinatura aumentou em vários Estados a partir de 1º de janeiro:

  • Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Tocantins e Distrito Federal: passaram a cobrar 15%;
  • MG: passou a cobrar 12%;
  • SC: passou a cobrar 12,5%.

Antes, o imposto era de 10% em quase todos os Estados.

6- Gasolina

O ICMS sobre a gasolina subiu em vários Estados:

  • PI: de 25% para 27%;
  • DF: de 25% para 28%;
  • Goiás (GO): de 27% para 28%;
  • PB: de 25% para 27%;
  • Paraná (PR): de 28% para 29%;
  • Pernambuco (PE): 27% para 29%
  • TO: de 25% para 27%
  • RS: de 25% para 30%

7- Cigarro

Fumantes devem preparar o bolso. O preço mínimo para a venda de cigarros vai subir, em maio, de R$ 4,50 para R$ 5.

Os impostos sobre o produto vão subir aos poucos. Atualmente, a tributação do cigarro se baseia numa soma de duas parcelas: uma fixa e outra variável. A parcela fixa, atualmente em R$ 1,30 por maço do produto, passará para R$ 1,40, em 1º maio, e para R$ 1,50 em 1º de dezembro. A parcela variável, atualmente de 9% sobre o preço de venda do maço, subirá 5,5% em maio e mais 5,5% em dezembro.

8- Ração

Até os cachorros e gatos vão ajudar a pagar a conta. Segundo a Receita Federal, a ração deverá sempre pagar IPI de 10%, independentemente da quantidade vendida.

As regras anteriores deixavam dúvidas se a alíquota deveria ser de 10% ou zero, o que abria espaço para disputas na Justiça. Agora, não tem mais discussão.

9- Viagem ao exterior

Desde 1º de janeiro, quem envia dinheiro ao exterior paga 25% de Imposto de Renda. Até o fim de 2015, as transações de até R$ 20 mil eram isentas, mas o governo não renovou esse benefício.

Isso afeta principalmente as agências de viagem brasileiras e, de quebra, quem compra pacotes turísticos delas. Isso porque as agências devem repassar essa alta de custos ao consumidor.

10- Celulares, tablets e computadores

O governo federal voltou a cobrar dois impostos, PIS e Cofins, sobre a venda de celulares, tablets e computadores. Eles tinham ficado isentos desde 2005, por causa da lei de inclusão digital. Agora, os tributos serão de 9,25%.

Além disso, em Minas Gerais o ICMS sobre os celulares aumentou de 12% para 14%.

11- Banheira de hidromassagem

Quer ostentar no banho? O ICMS da banheira de hidromassagem subiu de 17% para 25% em Alagoas.

12- Carne de boi, de búfalo e de porco

As carnes de boi, de búfalo e de porco agora têm imposto mais alto no Tocantins. O ICMS subiu de 7% para 12% no Estado.

13- Drones, embarcações e motoaquática

No Ceará, sobe a partir de março o ICMS sobre drones, embarcações (barcos, navios, botes) e motoaquática (jet ski): de 17% para 28%.

14- Água-de-colônia

A água-de-colônia pode ficar mais cara em Minas Gerais, já que o ICMS subiu de 18% para 27% no Estado.

Fonte: UOL

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