Efeito Fiscal – Combustíveis terão novo reajuste em SC

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O motivo é, que na virada do mês, passa a valer a nova tabela de preços para a cobrança do ICMS

Já está virando rotina. Os combustíveis sofrerão um novo reajuste a partir de maio nos postos catarinenses. Os aumentos podem chegar a R$ 0,06 no litro do etanol, R$ 0,05 na gasolina e R$ 0,02 no metro cúbico do gás natural veicular (GNV). Apenas o diesel não será afetado.Desta vez, o reajuste é consequência da atualização da tabela utilizada pela Secretaria da Fazenda para cobrar o ICMS sobre combustíveis. Essa tabela tem como referência o preço médio do litro no Estado levantado em pesquisa quinzenal da Agência Nacional do Petróleo (ANP).A última refletiu o que os consumidores já sentem no bolso: a disparada dos preços na bomba. A única exceção é o diesel, como explica Achilles César Casarin Silva, coordenador do Grupo de Especialistas em Combustíveis e Lubrificantes da Fazenda.

De acordo com a pesquisa no site da ANP (www.anp.gov.br), o álcool subiu R$ 0,29; a gasolina, R$ 0,17; e o GNV, R$ 0,18. O preço de tabela da gasolina, por exemplo, subirá de R$ 2,71 para R$ 2,88 em 1º de maio.Mas como o estudo demora alguns dias para ser publicado, só agora o ICMS vai incidir sobre os novos preços praticados no mercado. Achilles ressaltou que a alíquota do ICMS é fixa – 25% para o álcool e gasolina e 12% para o GNV. Ou seja, o preço vai subir não porque o governo está aumentado a fatia de impostos (a carga hoje chega a 38,2% do valor médio da gasolina praticado no Estado), mas porque a mesma alíquota será aplicada aos preços mais altos.Ele acredita que um recuo ocorra apenas no final de maio, quando deve chegar a SC o álcool da nova safra de cana do interior de São Paulo, principal produtor do país, baixando preços. Hoje, o álcool anidro é o maior vilão dos reajustes. Ele representa 25% da composição da gasolina C, aquela que é vendida nos postos.Para Roque André Colpani, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Litoral Catarinense, a lógica dos donos de postos deve ser a de repassar os novos valores aos consumidores. Ele argumenta que a diferença é muito grande para ser absorvida pelos empresários, mas cada estabelecimento tem autonomia e pode tomar a decisão de absorver o impacto do tributo no preço final.

Governo catarinense descarta reduzir ICMS

Achilles descarta a possibilidade de o governo catarinense reduzir temporariamente a fatia do ICMS que incide sobre os combustíveis. O setor é a maior fonte de ICMS do governo do Estado. São recolhidos quase R$ 10 bilhões anualmente, 20% do montante total. Por sua vez, o imposto representa 80% da arrecadação catarinense. Segundo ele, os reajustes são consequência de fatores de mercado e não têm qualquer relação com os impostos cobrados. Há 10 dias, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou que o Planalto poderia reduzir a Cide, tributo federal que representa, hoje, R$ 0,17 por litro de gasolina, para frear os aumentos. Até o momento o discurso não passou de uma idéia

SEF SC – – Felipe Pereira

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