Segundo maior produtor de fumo e líder absoluto na exportação da mercadoria no mundo, segundo o Sindicato da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), o Brasil tem nos três estados do Sul 83,5% de sua produção. De acordo com ele, quase 86% da produção brasileira é destinada para o mercado externo.
Mas o diretor regional da Alliance One, Alexandre Strohschoen, pondera que a situação mercadológica do setor sofreu uma crise na última safra com o excesso do produto no mercado e com a queda na qualidade do fumo brasileiro.
– Precisamos melhorar o fumo nacional e o preço. Presente em Santa Catarina, a gente vai buscar maior eficiência na cadeia produtiva e dar mais assistência técnica ao produtor – garante.
O volume das exportações de fumo originadas em SC quadruplicou entre os anos 2000 e 2010. A valorização do produto teve um ganho ainda maior no período. Os embarques, apenas no primeiro bimestre deste ano, somaram US$ 86,2 milhões, chegando perto do acumulado de 2000 (US$ 88,7 milhões).
Nas usinas beneficiadoras, as folhas de fumo são destaladas e secadas mais de uma vez antes de estarem prontas para a exportação. O Brasil tem duas fábricas de cigarro, uma da Philip Morris em Santa Cruz do Sul (RS), e outra da Souza Cruz, em Cachoeirinha (RS), que absorvem fumo de qualidade média.
Natural da região produtora de fumo gaúcha, Guido Ripplinger, coordenador técnico da Afubra, ressalta que o Vale do Rio do Pardo está sofrendo com a redução na geração de impostos e de postos de trabalho com parte do processamento migrando para SC.
No Sul do Estado, o setor de construção civil também está aquecido com a construção das fábricas e, indiretamente, junto com o setor imobiliário, com a chegada de parte dos funcionários das empresas vindos do RS.
