Gestão fiscal onera empresas, diz executivo

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Gestão fiscal onera empresas, diz executivo
|Valor Econômico|Assis Moreira|De Paris|11/07/2011|

As empresas no Brasil gastam entre 2% e 6% de sua receita bruta para gerenciar a complexidade fiscal no país. No total, são 250 mil leis tributárias. E a cada dia surgem 40 mudanças na regulamentação fiscal. Esse foi o quadro apresentado pelo vice-presidente da Procter & Gamble e chefe das operações no Brasil, Tarek Farahat, durante seminário sobre a economia brasileira, realizado em Paris.

A queixa foi generalizada sobre a dificuldade de compreensão do sistema tributário brasileiro. O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, admitiu as dificuldades políticas para acelerar uma reforma, mas acha que “gradualmente” dá para fazer mudanças.

Ao mesmo tempo, todo mundo quer estar presente no Brasil, onde a classe média continua a crescer e o apetite consumidor é fenomenal. A própria Procter & Gamble deu alguns exemplos: os brasileiros usam duas vezes mais condicionador de cabelos do que os americanos, dez vezes mais que os russos e vinte vezes mais que os chineses.

Os brasileiros também são campeões no uso de desodorante, mais do dobro de americanos, chineses e indianos. Até no uso da pasta dental os brasileiros consomem 16% a mais que os americanos, segundo a companhia. Conclusão: mesmo com câmbio alto e tributação pesada e complexa, o mercado brasileiro nunca foi tão atrativo como agora. A própria Procter & Gamble já assinou contrato para patrocinar a Olimpíada do Rio de Janeiro, de olho na conquista de novos consumidores.

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