Indústria Química Pode Ser a Próxima a Receber Redução de Impostos

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SÃO PAULO – Após o desconto na conta de luz, as indústrias químicas brasileiras podem ser as próximas a receber cortes de impostos, disse um porta-voz do setor.

“Em maio, o governo brasileiro organizou um comitê público-privado para encontrar formas de tornar a indústria brasileira mais competitiva”, disse Marcos Antonio de Marchi, presidente da Elekeiroz e do conselho do comitê de assuntos econômicos da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). “O governo pediu ao setor privado propostas e nós fomos os primeiros a fazê-las formalmente.”
Em um seminário, Marchi afirmou que o setor acredita na redução dos impostos sobre os lucros das empresas. Segundo ele, os abatimentos estariam ligados a um aumento nos investimentos da indústria química.
“A indústria química brasileira atualmente investe menos de 1% das receitas em pesquisa, enquanto os Estados Unidos destinam 2% e o Japão 4%. Para sermos competitivos, precisamos investir mais.”
Mais cedo, o governo anunciou pacotes para o setor elétrico que podem somar uma economia média de 20% nos custos com eletricidade. Os cortes de impostos podem estimular as vendas de eletrodomésticos e impulsionar a indústria, com custos menores de produção.
“O governo abriu um diálogo conosco”, disse Marchi. “Estamos esperançosos que o governo aprovará a proposta. Eles estão especialmente sensíveis ao problema da indústria química.”
O segmento químico sofre um dos maiores déficits estrangeiros da indústria brasileira, com fortes importações e exportações comparativamente menores. Enquanto isso, a demanda por produtos químicos tem crescido junto com o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O déficit estrangeiro da indústria em 1991 era de apenas US$ 1,5 bilhões, mas chega a US$ 26,5 bilhões em 2011, diz Marchi.
“Um grande problema é que as importações tendem a ser de produtos com maior valor agregado, enquanto nossas exportações são menores em valor agregado”, disse Marchi. “Precisamos investir na produção de produtos de maior valor”. O executivo disse que o objetivo é zerar o déficit para a indústria química até 2020.
(Dow Jones Newswires)

Fonte: www.valoreconomico.com.br

 

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