RS, SC e SP – PF deflagra operação contra crimes tributários

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A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram na manhã desta terça-feira a Operação Heráclidas. Estão sendo cumpridos 28 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Cachoeirinha, Lajeado, Novo Hamburgo, Sapiranga e Canela, no Rio Grande do Sul, em São Francisco do Sul (SC), São Caetano do Sul e São Paulo (SP). Um balanço das apreensões deve ser divulgado esta tarde.

A operação tem por objetivo apurar ilícitos tributários e de comércio internacional, crimes contra o sistema financeiro nacional como evasão de divisas, manutenção não declarada de recursos no exterior e sonegação de informação em operação de câmbio, formação de quadrilha, contrabando e descaminho e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, 150 policiais federais e 80 auditores-fiscais e analistas da Receita Federal do Brasil estão mobilizados. A investigação iniciou em fevereiro de 2011 e está a cargo do Grupo de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal e da Inspetoria da Receita Federal. Informações surgidas na Operação Hércules, de 5 de junho de 2009, embasaram o trabalho em conjunto da PF e da Receita.

O foco da Operação Hércules era desarticular os doleiros que disponibilizavam os meios para a evasão de divisas e eventual lavagem de dinheiro, realizando operações conhecidas como “dólar-cabo”.

Agora, na Operação Heráclidas, o objetivo é investigar os clientes que atuavam no comércio exterior e que se utilizavam da estrutura oferecida para enviar recursos para fora do país, de forma ilegal, para pagamento da diferença de preços em importações subfaturadas ou para pagar mercadorias introduzidas clandestinamente.

Origens

“Heráclidas”, na mitologia grega, era o termo utilizado para designar clãs de descendentes de Hércules e por isso foi escolhido para dar nome a esta operação, em referência aos inquéritos e procedimentos administrativo-fiscais que “nasceram” em decorrência da Operação Hércules.

Deflagrada pela PF em 5 de junho de 2009, a Operação Hércules desarticulou duas organizações criminosas que utilizavam a estrutura de casas de câmbio regularmente constituídas em Porto Alegre para realizar operações de câmbio ilícitas.

As quadrilhas disponibilizavam aos seus clientes formas de enviar recursos ao exterior de forma paralela ao sistema financeiro nacional e, portanto, sem qualquer controle dos órgãos estatais. No inquérito que está em análise no Ministério Público Federal, 29 pessoas foram indiciadas.

Fonte: ZERO HORA Porto Alegre

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