O secretário da Fazenda, Simão Cirineu Dias, disse hoje (quarta-feira) à imprensa que havia nos cofres do Estado R$ 25,9 milhões na mudança da administração e uma despesa não paga de R$ 641 milhões, dos quais R$ 382 milhões refere-se à folha de salarial do funcionalismo de dezembro. O déficit atual nas contas é superior a R$ 1,3 bilhão. Em razão das dificuldades, não quis fazer previsão sobre data para quitar os salários atrasados.
Ele disse ainda que a Sefaz defende o corte de gastos e o incremento da arrecadação para superar a crise financeira e lembrou que já trabalhou em situação adversa em cargos de secretário ocupado em Minas Gerais e no Maranhão. “Não vamos fazer terrorismo fiscal. Só queremos das empresas aquilo que elas têm para pagar de imposto, dentro do que cresce o Produto Interno Bruto, o PIB do Estado, reduzindo a sonegação”, afirmou.
A folha salarial líquida não paga é de R$ 339 milhões, excluídos os valores referentes à dedução do IRRF, pois faltam receber os servidores da SSP, Agrodefesa, Agetop, PGE, Secretarias de Cidadania, Trabalho, Fazenda, Saúde, UEG, Judiciário, Legislativo e os dois Tribunais de Contas. O secretário também falou sobre o Orçamento estadual de 2011 e disse que entre o estimado e o previsto existe diferença de R$ 1,3 bilhão e que é hora de trabalhar para buscar o equilíbrio das contas.
Na análise da situação financeira prevista para 2011 o secretário mostrou diferença de R$ 2,7 bilhões, com o déficit orçamentário, com a receita prevista e operações de crédito. Disse ainda ser preciso aguardar a apuração da despesa com pessoal dos dois últimos meses do ano passado, nos moldes definidos pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), para comprovar se o Estado infringiu o limite prudencial de gastos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), mas ele desconfia que a possibilidade de ter chegado ao limite é grande. Para janeiro de 2011 o secretário previu receita líquida de R$ 625 milhões e despesa de R$ 515 milhões apenas com a folha do mês atual.
Assessoria de Imprensa – Sefaz GO
